Nove das 12 equipes que representaram o SESI-SP no torneio foram premiadas, superando times de mais de 70 escolas da rede e outras instituições
Por: Karina Costa
18/03/201902:21- atualizado às 15:59 em 18/03/2019
Os alunos da rede escolar SESI-SP dominaram os três lugares do pódio do Torneio SESI de Robótica FIRST LEGO League, que aconteceu durante os dias 15 e 17 de março, no Rio de Janeiro. Ao arrebatarem o campeonato, o vice e a terceira colocação da principal categoria do festival, nomeada Champion’s Award, a equipe vencedora “Jedi’s”, de Jundiaí, além de “Los Atômicos”, de Araras, e “Red Rabbit”, de Americana (2º e 3º lugares) garantiram vagas para o World Festival, considerado a Copa do Mundo da Robótica. Os times vão competir em Houston (EUA) entre os dias 17 e 20 de abril.
Vitória rendeu aos alunos do SESI Jundiaí retorno ao mundial
“O que levou os Jedi’s ao topo foi a dedicação. Eles trabalharam e treinaram muito, tiveram foco na competição”, destacou o técnico da equipe, Clayton Rafael Ribeiro. Além de vencerem a etapa nacional da First Lego League, a equipe representante do SESI Jundiaí chega ao World Festival com a pressão de ter sido vice mundial no mesmo torneio, na edição do ano passado (2018).
“Vamos arrumar todos os detalhes que faltaram para vencermos. E ver se conseguimos representar bem o Brasil e trazer a taça de lá também”, comentou Clayton. Além disso, para os alunos que ainda não participam desse projeto, o técnico do time de Jundiaí deixou um recado: “É uma experiência que vale muito a pena, o SESI faz um trabalho fantástico com todas as crianças! A evolução deles dentro de um torneio e viagem desse tipo é imensa. Eu, com certeza, colocaria meu tempo e minha dedicação nisso”, finalizou, emocionado.
Los Atômicos, de Araras: a surpresa dos novatos no nacional
“Apesar de ser nosso segundo nacional, temos uma história longa. Sempre chegávamos, no máximo, na fase estadual. Então, na nossa primeira chance, aproveitamos para aprender e nos espelhar em outras equipes. Saímos sem prêmio, os alunos ficaram desanimados, mas eu sempre dizia: não importa o que ganhamos, mas o que aprendemos”, comentou a técnica do time do SESI Araras, Ana Paula Carrocci. Agora somos vice e estamos emocionados com essa grande conquista!”.
A técnica reforçou que o segundo lugar no nacional e a classificação para o World Festival (Houston/EUA) foi consequência de muito trabalho da equipe. “Esses alunos têm um conhecimento imenso e se dedicam muito! Passamos muitos finais de semana e feriados juntos, estudando, acabamos formando uma família. Receber esse prêmio é gratificante”.
Red Rabbit rumo ao bicampeonato mundial
A terceira colocação no principal prêmio do torneio veio com gosto de topo do pódio para os alunos do SESI Americana, que assim como os colegas de Jundiaí e Araras, competirão em Houston (EUA). A equipe Red Rabbit é, inclusive, a atual campeã desse mesmo campeonato mundial, título conquistado em 2018.
“Ver a alegria dos alunos, o sorriso e choro de emoção, não tem preço! É o que nos move e faz querer cada dia mais trabalhar por esses resultados”, comentou o técnico da equipe do SESI Americana, Denis Rodrigues Santana.
Para ele, o que deu ao Red Rabbit um lugar ao pódio foi a persistência da equipe. “É um time maravilhoso que, com todas as adversidades, nunca desistiu ou deixou de sonhar, mesmo quando pareceu impossível. Temos enfrentado nossas dificuldades sem medo, com muita responsabilidade e, agora, estamos sendo coroados com mais essa grande conquista”, celebrou.
Mais seis equipes do SESI-SP garantiram prêmios e classificações para torneios internacionais
Além dos grandes campeões do torneio, alunos de seis diferentes equipes do SESI-SP foram destaque na competição.
De Birigui, a equipe Big Bang conquistou o prêmio de melhor Pesquisa no Torneio SESI de Robótica; a X-Force (SESI Bauru) tirou o 1º lugar em Programação de robô; e a Biotech (Barra Bonita, regional de Botucatu) levou o título de Solução Inovadora. A vitória rendeu para os três times classificação para o Aberto do Uruguai (de 30 de maio a 1 de junho).
“Ganhar nessas categorias demonstra que a gente faz a lição de casa”, pontuou o gerente executivo de Educação da rede escolar SESI São Paulo, Roberto Xavier Augusto Filho. “Cada etapa é feita com muita excelência - nas escolas, no dia a dia, em todo o processo para que esses alunos estejam numa competição como essa. Por isso vencemos!”, celebrou.
E lembrou que a robótica é apenas um dos programas que impactam positivamente na vida dos estudantes e formam campeões. “O SESI transforma a vida das pessoas. Todos os nossos alunos que participam ou não da robótica têm a oportunidade de terem suas vidas modificadas. Então, que aproveitem muito nossa instituição e tudo o que podemos oferecer!”
Ainda entre os destaques do torneio, os Thunderbóticos (SESI Rio Claro) e Discovery (Piracicaba) levaram a melhor no prêmio Estratégia e Inovação, ficando com os 1º e 2º lugares, respectivamente. Outra grata surpresa foi a equipe Robotics School (SESI Ourinhos), que não levou nenhum prêmio oficial para casa, mas teve seu trabalho reconhecido e garantiu uma vaga para o Aberto Internacional da Turquia (de 22 a 25 de maio).
O Festival SESI de Robótica 2019
Mais de 1.200 jovens, de 9 a 18 anos, divididos em 117 equipes, participaram de três competições neste fim de semana (15 a 17), no Rio de Janeiro: os torneios SESI de Robótica FIRST LEGO League, FIRST Tech Challenge e F1 nas Escolas.
A FIRST LEGO League, torneio que os alunos do SESI-SP sagraram-se campeões, foi criado em 1998 pela FIRST, uma organização não governamental, em parceria com o Grupo LEGO. O SESI é a instituição responsável pela organização do torneio (etapas regionais e nacional) no Brasil desde 2013. Trata-se de um programa internacional de exploração científica, que promove o ensino de Ciência, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática no ambiente escolar e que contribui para o desenvolvimento de competências e habilidades comportamentais para a vida.
O tema da temporada 2018/2019, Em Órbita, desafiou os estudantes a pesquisar sobre questões relacionadas a viver e viajar no espaço. Com isso, eles tiveram de identificar e propor uma solução inovadora para um problema físico ou social enfrentado durante as viagens de exploração espacial. Na arena, os robôs feitos pelos próprios alunos com peças de LEGO ainda tiveram de cumprir missões como se locomover em áreas com crateras, ajudar um astronauta a voltar em segurança para a base espacial e mover satélites para a órbita.