Com certeza você já deve ter ouvido falar no famoso treino aeróbio em jejum, ouviu? Então, essa prática caiu no modismo depois que muitos influenciadores digitais começaram a divulgar em seus perfis, mas será que isso funciona mesmo?
19/05/202113:46- atualizado às 14:22 em 12/07/2022
A teoria é que estando em jejum prolongado as nossas reservas de glicogênio que é derivado do carboidrato diminui e nosso corpo passa a consumir mais gorduras durante a prática do exercício aeróbio, em resumo o metabolismo passa a economizar um nutriente escasso e utiliza mais o outro que está em abundância.
Se fosse tão simples assim seria maravilhoso, concorda? Mas na verdade é que a maioria das pesquisas feitas comparando as duas condições, não apontam uma diferença significativa que sustente esse aumento do consumo de gorduras em treinar em jejum ou alimentado.
Já nas questões hormonais, observarmos que a secreção do Cortisol aumentou mais que o dobro da normalidade, hormônio que em níveis muito elevados pode resultar em perda de massa muscular e aumento abrupto da pressão arterial.
O efeito crônico também foi avaliado em algumas pesquisas mais longas, contando com várias semanas de treino e identificaram em vários casos a redução do metabolismo de lipídios, sendo bem pior para o emagrecimento. O jejum pode provocar um mecanismo de defesa de seu corpo, fazendo com que seu metabolismo entenda que está em uma situação de perigo e comece a limitar a secreção das enzimas que fazem a quebra das gorduras, dificultando o emagrecimento.
Seja qual for seu objetivo é importante sempre procurar por apoio profissional do professor de Educação Física ou de um nutricionista.
Prof. Lenon Morales - CREF: 137129-G/SP